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só o le franceu de le ble ble
três pregão e marion só sendo tratada como objeto. pra não dizer que não, nada legal. dá pra ver o crescimento da pauline observando a prima. envelheceu mal demais com as décadas. direto de uma época que os papeis de "homens e mulheres" eram representados no cinema como bem definidos. mas consigo entender a conspicuidade fantasiesca de um idílico romance de verão. no fim, nada tinha muita importância, eram apenas poses. primeiríssimo eric rohmer, já entro com as duas patas esquerdas.
edit 24 hrs depois: talvez eu tenha sido um pouco duro no meu julgamento, não sei até que ponto essa história era original na época dos 80's, mas encontrei uma resenha crítica da folha de sp, datada de 2003, com uma argumentação parecida... rohmer pintado como um moralista da nouvelle vague. nas palavras do mesmo:
o cineasta, que é do tipo que se prende a lugares, encontra até mesmo para esse "nomadismo" o seu espaço: a praia, palco preferencial dos "amores de verão".
rohmer não compactua com os atos e a visão de mundo de henri e com o imoralismo que consagrou a nouvelle vague, mas faz dele um professor para pauline, um mestre como os antigos libertinos franceses. rohmer acaba por fazer do personagem mais imoral o mais forte e completo, tendência que é, paradoxalmente, própria dos maiores autores moralistas.texto de tiago mata machado para folha de são paulo em 2003.
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